quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Livro Maringá: Transformações na Ordem Urbana integra Seminário Nacional





O livro Maringá: Transformações na Ordem Urbana será apresentado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro (RJ), durante o Seminário Nacional - AS METRÓPOLES E AS TRANSFORMAÇÕES URBANAS: DESIGUALDADES, COESÃO SOCIAL E GOVERNANÇA DEMOCRÁTICA, promovido pelo Observatório das Metrópoles. 

A apresentação será realizada pela editora do livro e coordenadora do Núcleo Região Metropolitana de Maringá do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues, e também pelos pesquisadores e autores do livro William Antonio Borges, Beatriz Fleury e Silva e Luiz Donadon Leal. 

O evento iniciou no dia 9 de dezembro e termina amanhã (10) com o coquetel de lançamento da Coleção Metrópoles: transformações na ordem urbana, constituída pelo livro sobre a Região Metropolitana de Maringá (RMM) e mais 13 livros que discorrem sobre as transformações em curso nas principais metrópoles brasileiras nos últimos 30 anos.

Diálogos: projeto integra comunidade acadêmica sobre produções externas







A RECENTE PRODUÇÃO IMOBILIÁRIA NO AGLOMERADO METROPOLITANO PAIÇANDU-MARINGÁ-SARANDI. NOVOS ARRANJOS. VELHA LÓGICA é o título da palestra que será ministrada no dia 14 de dezembro, às 19h, no auditório localizado no térreo do Bloco C-67 no câmpus sede, pela coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEM e pesquisadora do Núcleo Região Metropolitana de Maringá do Observatório das Metrópoles, Profa. Dra. Beatriz Fleury e Silva.

A palestra é uma síntese da tese de doutorado da pesquisadora e integra o primeiro evento do projeto denominado Diálogos. De iniciativa da coordenação acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEM, o objetivo é reunir a comunidade externa e acadêmica, para abrir um canal de conversa sobre a produção docente e discente que acontece fora da sala de aulaOs encontros serão realizados esporadicamente e, por meio da apresentação das produções e dos debates promovidos na ocasião, a pretensão é integrar todos os atores envolvidos nas áreas pertinentes.

O espaço também será utilizado pelos alunos para mostrarem o que fazem fora da sala, incluindo suas atividades extra-curriculares como música. No dia 14 de dezembro, por exemplo, antes da palestra, a banda Quarteto Base, composta por alunos do curso, promovem uma apresentação.

As inscrições para o primeiro encontro podem ser feitas, sem custo, nos dias 9,10 e 11 de dezembro, das 8h as 11h e das 14h as 17h, no Laboratório CEPEDOC - Depto de Arquitetura e Urbanismo (DAU) com a técnica Irene.Toda comunidade acadêmica da UEM e demais instituições de ensino podem se inscrever.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Cooperação dirigida marca atuação executiva do Observatório das Metrópoles





As pesquisas desenvolvidas pela Rede Observatório das Metrópoles foi tema do artigo da jornalista Andréa Azambuja para o site URB.im – comunidade global que trabalha por cidades justas e inclusivas Dallant Redes e Fundação Ford). De acordo com o artigo o Observatório se destaca por ser uma rede que desenvolve, desde 1996, pesquisa em rede, em um formato multidisciplinar, com monitoramento das políticas públicas, integrando áreas distintas do saber como Sociologia, Arquitetura, Geografia e Ciências Políticas.
Segundo Andréa Azambuja, a cooperação dirigida também marca a atuação executiva do Observatório das Metrópoles que incorpora atores de diversas esferas e localidades trabalhando para o mesmo fim: a busca de cidades mais justas e democráticas. “Faz sentido. Afinal, novas formas de exclusão não se configuram de maneira isolada, mas como resultado de um organismo unificado de exploração. E entendê-lo em sua complexidade, assim como trabalhar em conjunto, é indispensável para que suas facetas mais desastrosas possam ser evitadas”, afirma Azambuja.

rede Urb.im http://urb.im/ é uma comunidade global trabalhando para a construção de cidades justas e inclusivas. A rede se conecta com profissionais em 23 cidades de todo o mundo a fim de estabelecer uma comunidade internacional de prática e aprendizagem, partilha de ideias e experiências, a fim de inovar, replicar e dimensionar soluções de trabalho para o problema da pobreza urbana. URB.im é um projeto de Dallant Redes e da Fundação Ford.
Leia abaixo o artigo de Andréa Azambuja que fala sobre as questões urbanas do Rio de Janeiro e aponta o trabalho do Observatório das Metrópoles.
E acesse o site do URB.im http://urb.im/ e conheça o trabalho dessa rede de articulação internacional urbana.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

COMISSÃO PROMOVE FÓRUM METROPOLITANO EM MARINGÁ

Na próxima sexta-feira, 13 de novembro de 2015, às 9h30, na Câmara Municipal de Maringá, a Comissão de Assuntos Metropolitanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promove o Fórum Metropolitano. O Núcleo Maringá/UEM do Observatório das Metrópoles convida todos a participarem do evento que tem como objetivo discutir a aplicação do Estatuto das Metrópoles (Lei nº 13.089/2015) nos 26 municípios que integram a Região Metropolitana de Maringá (RMM).
Composto por palestras, especialmente sobre o Estatuto das Metrópoles e as principais mudanças que estão por vir, além de grupos de discussão, durante o encontro o intuito também é de elaborar políticas públicas e projetos integrados. O resultado pode ser proposto em forma de projetos de lei pelos deputados da Comissão de Assuntos Metropolitanos, ou aplicados diretamente pelas cidades.
O objetivo da Comissão de Assuntos Metropolitanos é elaborar soluções legislativas integradas para as cidades que integram Regiões Metropolitanas no estado do Paraná. Além disso, promove o diálogo entre representantes dessas regiões para compartilhar experiências, projetos e necessidades.
A coordenadora do Núcleo Maringá/UEM do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues, enfatiza a importância da construção democrática do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado, de modo a assegurar o protagonismo de todos os municípios que compõem a região, como única possibilidade de efetivar a governabilidade destes territórios.
A nova lei (Estatuto) estabelece critérios para definir quais cidades formam uma região metropolitana. O principal deles é que todas apresentem funções públicas de interesse comum – como transporte, gestão de resíduos sólidos e saneamento. Essas funções devem ser instrumentalizadas em um Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI). Objetivo é que haja governança compartilhada e decisões não sejam mais tomadas individualmente quando se tratar de serviço integrado. Mais informações no site da Comissão: http://forummetropolitano.com.br/. (As informações sobre o Fórum Metropolitano e o Estatuto da Metrópole foram retiradas do seu site oficial).


Comissão de Assuntos Metropolitanos da Alep: Formada por sete membros, é uma das 25 Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e tem sua competência estabelecida pelo Regimento Interno da Casa: “Art. 33-Q Compete à Comissão de Assuntos Metropolitanos manifestar-se sobre toda e qualquer proposição relacionada às regiões metropolitanas e aglomerados urbanos do Estado do Paraná, promovendo a integração das políticas dos municípios do Estado do Paraná.” 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Audiência Pública sobre o Plano Metropolitano e o Estatuto da Metrópole

Sexta-feira, dia 13 de novembro de 2015, às 9:30, na Câmara Municipal de Maringá, ocorre a Audiência Pública sobre o Plano Metropolitano e o Estatuto da Metrópole com a Comissão da ALEP (http://forummetropolitano.com.br/). Os municípios da Região Metropolitana de Maringá (RMM) precisam participar dessa discussão. 



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Participe da gestão pública da sua cidade

A CGU reuniu informações sobre o controle social aos cidadãos, estimulando a participação popular no acompanhamento do uso de recursos públicos e indicando mecanismos de exercício desse direito. A edição atualizada está publicada no site em novembro de 2010 . A versão impressa disponível no

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mobilidade urbana, mercado de trabalho e descentralização da atividade econômica


Neste artigo o economista Vitor Mihessen, da Casa Fluminense, defende o desenvolvimento econômico regional e urbano das periferias e a ideia de descentralizar atividades como uma das alternativas para o desafio da mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras. “Levar o emprego e novas formas de inserção no mercado de trabalho para áreas periféricas, majoritariamente residenciais, pode reduzir o passivo da mobilidade urbana, sem é claro, reprimir os esforços que visam à supressão do ônus do deslocamento, já presente na vida dos trabalhadores”.
 O artigo “Em um ano de trabalho, um mês de vida é passado no trânsito”, de Vitor Mihessen, foi publicado originalmente no site da Casa Fluminense.

O Observatório das Metrópoles e a Casa Fluminense começam a estreitar o diálogo e parcerias com foco na ampliação do debate sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e na construção de um caminho coletivo e democrático para esse território, reunindo ONGs e coletivos, articuladores urbanos, gestores governamentais, iniciativa privada, meio acadêmico e sociedade civil.

A análise de Vitor Mihessen é uma contribuição para esse debate. Confira na íntegra :


http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1337%3Amobilidade-urbana-mercado-de-trabalho-e-descentraliza%C3%A7%C3%A3o-da-atividade-econ%C3%B4mica&Itemid=180&lang=pt

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Observatório das Metrópoles debate Política e Cidades na Rádio Metrô






O quadro Política e Cidades integra a programação da Rádio Metropolitana FM (96.5) e inaugura mais um espaço informacional sobre a realidade urbana da Região Metropolitana de Maringá (RMM).  A coordenadora do Núcleo UEM/Maringá do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues, compõe o quadro como colunista e destaca temas relacionados ao Direito à Cidade. A estreia ocorreu no dia 25 de agosto (edições anteriores no: https://www.youtube.com/watch?v=5qibrAs3anU) e desde então vai ao ar toda terça e quinta-feira, a partir das 11h45, durante o JORNAL DAS 11 comandado pelo jornalista Ronaldo Nezo.



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Trilhas Urbanas segue com cronograma em Sarandi



O Trilhas Urbanas segue com cronograma de atividades e o destino será Sarandi, no dia 08 de setembro, terça-feira, com saída às 8h (em frente a CEF) do Câmpus Sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O percurso inclui o antigo Conjunto Mutirão e o Conjunto Mauá. O intuito é verificar no território da cidade que mesmo dispondo de um conjunto de leis e marcos regulatórios legais que orientam a estruturação da cidade com foco no interesse social, essas não têm sido atualizadas e efetivadas.
De acordo com pesquisa prévia elaborada pelos alunos/bolsistas do Proext Direito à Cidade – realizado pelo Núcleo UEM/Maringá do Observatório das Metrópoles -, o município de Sarandi deve ser entendido sob o aspecto metropolitano, já que é a segunda maior cidade da Região Metropolitana de Maringá (RMM).

Com uma área total de 104,04 km² (IBGE, Base de Informações Municipais, 1997) e 83 bairros implantados, apenas 50% do espaço incorporado está efetivamente ocupado. Essas e outras questões serão verificadas pelos "trilheiros" durante o trajeto pelo território de Sarandi. Uma aula a céu aberto de Sociologia Urbana, ministrada pelos pesquisadores do Observatório das Metrópoles, encerra a atividade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287.

domingo, 23 de agosto de 2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

TRILHAS URBANAS: ESCOLA RURAL AINDA É ABRIGO PARA FAMÍLIAS

         
Foto: Renato Domingos
https://www.flickr.com/photos/observatoriodasmetropolesmga/15466200449/in/photostream/

A Escola Rural Delfim Moreira é uma das rotas do Trilhas Urbanas na manhã do dia 18 de agosto. De iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e do Proext Direito à Cidade, o projeto vai tratar sobre a segregação socioespacial, enfatizando as medidas utilizadas pelo poder público local para sanar o problema da ausência de habitação de interesse social, abrigando nas salas de aula da edificação, em caráter provisório há 19 meses, famílias sem moradia.
O intuito é demonstrar esse contraponto da Maringá conhecida como um ótimo lugar para se viver, com Índice de Desenvolvimento Humano no ano de 2013 de 0,808, a 7ª melhor da Região Sul, orgulhando-se em proferir a não existência de favelas no município, mas, que não garante à maioria de sua população a mesma percepção dessa cidade propagandeada.
Como se trata de uma área rural, a presença de animais peçonhentos, excesso de poeira, contaminação devido às pulverizações nas plantações são rotina na vida dessas famílias. Assim, ainda permanecem na escola 10 famílias que para não viverem na rua, pois não possuem condições de pagar aluguel, se submetem ao desgastante cotidiano de morar em uma localidade sem as mínimas condições para uma vivência/sobrevivência digna.
Essas famílias são provenientes de uma ocupação realizada no Conjunto Residencial Atenas 2, na qual 18 moradias do programa do PAC estavam com suas construções abandonadas e inacabadas dessa forma, foram ocupadas por 20 famílias que não tinham onde morar nem condições de pagar aluguel. Persistiram no local até dia 7 de janeiro de 2014, quando, por meio de decisão judicial, a reintegração de posse foi realizada pela Prefeitura de Maringá.
Na ocasião, 17 famílias foram realocadas na Escola Rural Delfim Moreira, desativada há 8 anos e sem nenhuma condição de recebê-las, podendo se destacar a distância mínima de 7 km do ponto de ônibus mais próximo, a quantidade insuficiente de salas para todas as famílias, água imprópria para uso, contato constante com inseticidas e pesticidas, sem o mínimo de segurança para as  30 crianças. A concessão do Aluguel Social as famílias - conforme Lei Municipal nº 9.579/2013 - foi uma reivindicação feita a Prefeitura até que todas fossem beneficiadas com a casa própria, o que até o momento não ocorreu.
Uma das frentes de atuação do Observatório das Metrópoles é a defesa do direito a moradia da população da Região Metropolitana de Maringá e o monitoramento a execução da política pública de habitação de interesse social. Assim, estas famílias estão sendo acompanhadas desde o início do processo para que, não apenas elas, mas a população geral, não tenha seus direitos negados, assim como não sejam expulsas do acesso à cidade. A lista do cadastro por moradia de interesse social na Secretaria Municipal de Habitação de Maringá é de 19 mil inscritos.
  Mais informações serão repassadas no decorrer da trilha no dia 18 de agosto, que inclui mais uma rota até um condomínio residencial nas proximidades da escola rural. A saída é às 8h, em frente à agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web.





PROTAGONISMO DO MERCADO NA CRIAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

O projeto Trilhas Urbanas, de iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e do Proext Direito à Cidade, realiza no período da manhã no dia 18 de agosto, novo roteiro na cidade polo da Região Metropolitana, Maringá. A segregação socioespacial é o tema da trilha que inclui duas rotas, sendo uma nas imediações de um condomínio residencial fechado, localizado na área rural, e outro na Escola Rural Delfim Moreira, onde famílias foram abrigadas há mais um ano pelo poder público local.
No caso do empreendimento imobiliário, o intuito é demonstrar como os mecanismos legais podem ser utilizados para privilegiar o mercado em detrimento do direito coletivo. Mesmo considerando as diretrizes, princípios e instrumentos de implementação, regulação e controle da legislação de gestão urbana, conforme o artigo apresentado no Colóquio Internacional de Geocrítica em Barcelona em maio de 2014, intitulado O protagonismo do mercado imobiliário na produção do espaço urbano do polo da Região Metropolitana de Maringá/PR, de autoria de Ana Lúcia Rodrigues e Fabíola Castelo de Souza Cordovil, no caso do município de Maringá, os mecanismos legais foram utilizados para privilegiar decisões que atendem ao mercado imobiliário e os interesses privados. 
O estudo em questão deu-se a partir do exame das criações e das modificações das leis do Plano Diretor de Maringá, da Lei de Uso e Ocupação do Solo e da Lei de Parcelamento ao longo de sete anos. Todas as alterações foram fruto das audiências e conferências públicas cuja realização é obrigatória antes do encaminhamento dos projetos de lei ao Legislativo Municipal.
No caso Plano Diretor de Maringá, por exemplo, a Macrozona de Contenção estava marcada ao redor do perímetro urbano. O objetivo desse dispositivo era consolidar a malha urbana existente e manter características rurais com relação ao uso e à intensidade de ocupação do solo. “Promovia, portanto, uma área de transição entre a zona rural do município e a Macrozona de Qualificação, na qual a ocupação deveria ser estimulada, preenchendo os vazios urbanos existentes, antes de ampliar o perímetro para a área rural” (CORDOVIL; RODRIGUES; 2014, p. 7-8).
Como define o artigo, a particularidade da Macrozona de Contenção é de ser composta por amplos terrenos. Ao contrário de tal entendimento, estabelecido coletivamente, a lei do Plano Diretor de Maringá foi alterada em 22 de dezembro de 2009. A nova lei (nº 799) provocou o desbloqueio da então Macrozona de Contenção transformando-a em Macrozona de Ocupação Imediata. A justificativa foi de que a disponibilidade de terra diminuiria os seus valores.
E um dos principais conteúdos alterados foi a permissão dos empreendimentos de loteamentos fechados nas áreas rurais do município, usualmente denominados condomínios fechados. “Neste ponto mostra-se [...] a incongruência da proposta oriunda do poder executivo com os interesses coletivos e a sua convergência com a agenda de certos grupos interessados na instalação de novos condomínios no município” (CORDOVIL; RODRIGUES; 2014, p.8).
A criação das Zonas Especiais de Loteamentos Fechados na Macrozona Rural impulsionou a disposição de condomínios afastados da malha urbana. Outro agravante - que elimina a Macrozona de Contenção – foi o aumento de demanda por infraestrutura, o que gerou evidentes prejuízos ao planejamento da cidade. Para mensurar os efeitos dessa alteração, o mercado imobiliário local lançou em 2011 o Condomínio Jardins de Monet Residence. O vultoso terreno de 70 alqueires está localizado distante 15 quilômetros (Km) do centro da cidade.
O Estudo de Impacto de Vizinhança do empreendimento exigiu a pavimentação da estrada rural de acesso ao loteamento. Para Cordovil e Rodrigues (2014), tal exigência do poder público nada mais foi do que uma condição para que se viabilizasse o empreendimento destinado a um público com alto padrão aquisitivo. Ou seja, com o argumento de executar um planejamento urbano, fez-se um instrumento de dominação ideológica, contribuindo para forjar a realidade, para atender aos interesses do mercado imobiliário restrito e especulativo.
Ermínia Maricato em As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias (1999) acrescenta que nas médias e grandes cidades, além dos grupos locais, os grandes empreendedores imobiliários, conseguem, utilizando seu poder financeiro, aprovações de projetos que não obedecem a nenhum plano específico. “Então, o Plano Diretor fica desvinculado da gestão pública, tornando-se um discurso pleno de boas intenções, mas distante da prática. O resultado é planejamento urbano para alguns, mercado para alguns, leis para alguns, modernidade para alguns, cidadania para alguns” (p.124,125).
Mais informações serão repassadas no decorrer da trilha no dia 18 de agosto, com saída às 8h, em frente à agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web.

(* O artigo na íntegra está no seguinte link: fhttp://www.ub.edu/geocrit/coloquio2014/Ana%20Lucia%20Rodrigues.pdf)

TRILHAS URBANAS: MARINGÁ E A SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL





O projeto Trilhas Urbanas, de iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e do Proext Direito à Cidade, realiza no período da manhã no dia 18 de agosto, novo roteiro na cidade polo da Região Metropolitana, Maringá. A segregação socioespacial é o tema da trilha que inclui duas rotas, sendo uma nas imediações de um condomínio residencial fechado, localizado na área rural, e outro na Escola Rural Delfim Moreira, onde famílias foram abrigadas há mais um ano pelo poder público local.
A saída será às 8h e o local é em frente à agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web. 

Rio de Janeiro: Transformações na Ordem Urbana é a nova publicação do programa de trabalho Metrópoles




O livro Rio de Janeiro: Transformações na Ordem Urbana, da coletânea da Rede Nacional do Observatório das Metrópoles, resultado do programa de trabalho “Metrópoles: território, coesão social e governança metropolitana”, realizado nos últimos 5 anos por uma grande equipe multidisciplinar de pesquisadores integrantes de programas de pós-graduação centralmente integrantes das subáreas das Ciências Sociais Aplicadas e organizados em Núcleos Locais presentes em 15 principais aglomerações urbanas do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Baixada Santista, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Maringá, Goiânia, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Belém), tendo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional como sede da coordenação nacional.
O livro Rio de Janeiro: Transformações na Ordem Urbana em breve estará disponível para o público. A foto (acima) da capa da versão impressa do livro foi feita pelo coordenador nacional do INCT Observatório das Metrópoles e professor-titular do IPPUR/UFRJ, Luiz César de Queiroz Ribeiro, e foi postada essa semana em uma rede social. 


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Trilhas Urbanas percorre Doutor Camargo nesta terça-feira


O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e o do Proext Direito à Cidade realizam o Trilhas Urbanas nesta terça-feira (11/08) no município de Doutor Camargo. O objetivo da ação é verificar no território onde a moradia social foi implantada.  A “trilha” está prevista para o período da tarde é às 13h30 e o encerramento às 17h. O local de saída é em frente a agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web.

AGENDA - TRILHAS URBANAS
AGOSTO
11 – Doutor Camargo (tarde)
18 – Maringá/Escola Rural Delfim Moreira (tarde)
25 - Sarandi (manhã)


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Castelo Branco: somente 15 chefes de família têm renda acima de dez salários



Apenas 15 chefes de família têm renda acima de 10 salários mínimos em Presidente Castelo Branco. O dado é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referente ao Censo de 2010.  O número corresponde a aproximadamente 1% do total de chefes de família, sendo no município 1.116, de uma população de 4.784 moradores. Essa é uma das informações incluídas no material de divulgação, produzido pelos alunos bolsistas do Proext Direito à Cidade, que serão entregues nesta quinta-feira (06/08) a comunidade local durante o Trilhas Urbanas, projeto de iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, a realidade econômica dos chefes de família da cidade apontava que 29% (440) do total recebia renda de até um (1) salário mínimo. A maioria desse contingente, 45% (661) do total dos responsáveis pelos lares, recebiam remuneração variável entre um (1) e dois (2) salários mínimos.
De acordo com o Censo do mesmo período, a renda per capita no município era de R$ 603,85, inferior à do Brasil de R$ 793,87. Quando se trata da renda domiciliar per capita - soma de todas as rendas, dividida pelo número de moradores - 16% dos domicílios apresentava renda de até metade do valor do salário mínimo, sendo 43% entre metade e um (1) salário mínimo, 30% entre um (1) e dois (2) salários mínimos. E somente quatro domicílios têm renda familiar per capita acima de 10 salários mínimos (0,3% do total).
A população recebe (nas casas e estabelecimentos comerciais) panfletos com outras informações a respeito do Estatuto da Cidade, questões sobre o Direito à Cidade e dados específicos do território onde mora como o total de habitantes (dividido por faixa etária), porcentual de faixa de renda, grau de escolaridade e número de domicílios. O objetivo é oferecer mais uma ferramenta para municiar a população sobre seus direitos e deveres relacionados ao cumprimento da função social da cidade, da propriedade, da garantia de qualidade de vida, meio ambiente, contribuindo cada vez mais para o bem estar coletivo.
Para encerrar o passeio em Presidente Castelo Branco, uma aula a céu aberto de Sociologia Urbana vai ser ministrada por um dos pesquisadores do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, que reforça na oportunidade o fato dos interessados em ampliar o debate poderem solicitar no seu bairro a realização de cursos e palestras sobre a temática. Uma equipe especializada é disponibilizada para ministrar tais ações de maneira gratuita.

AGENDA - TRILHAS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ (RMM)
AGOSTO
06 - Presidente Castelo Branco (manhã)
11 – Doutor Camargo (tarde)
18 – Maringá/Escola Rural Delfim Moreira (tarde)
25 - Sarandi (manhã)

* A “trilha” prevista para o período da manhã, o horário de saída é às 8h e encerra às 11h30. No período da tarde é às 13h30 e o encerramento às 17h. O local de saída é em frente a agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

TRILHAS URBANAS - PRESIDENTE CASTELO BRANCO NO DIA 6 DE AGOSTO









O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, por meio do Proext Direito à Cidade, realiza na próxima quinta-feira, 6 de agosto, às 8h, o TRilhas Urbanas no município de Presidente Castelo Branco. Ainda compõem a agenda do mês de agosto Sarandi e Maringá. O objetivo - assim como os demais passeios já realizados no território da cidade polo (Maringá) - é analisar se a função social da cidade está ou não sendo cumprida. Confira a agenda:
AGOSTO
06 - Presidente Castelo Branco (manhã)18 – Maringá/Escola Rural Delfim Moreira (tarde)25 – Sarandi (manhã)

*A “trilha” prevista para o período da manhã, o horário de saída é às 8h e encerra às 11h30. No período da tarde é às 13h30 e o encerramento às 17h. O local de saída é em frente a agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287.

domingo, 26 de julho de 2015

Sustentabilidade Ambiental é enfoque do Trilhas Urbanas do dia 3 de agosto


O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, por meio do Proext Direito à Cidade, realiza nesta segunda-feira, 3 de agosto, às 8h, o TRilhas Urbanas no Parque Tarumã em Maringá. O objetivo é tratar sobre o princípio da Sustentabilidade Ambiental que está no Plano Diretor de Maringá. A aula de encerramento será na Capela São Bonifácio, com o Prof. Dr. Jorge Villalobos, cujas linhas de pesquisa incluem Análise Regional; Geografia Urbana; Geografia Ambiental.
Também compõem a agenda Sarandi e Presidente Castelo Branco. O objetivo - assim como os demais passeios já realizados no território da cidade polo (Maringá) - é analisar se a função social da cidade está ou não sendo cumprida. Confira a agenda:

AGOSTO
03 – Maringá/Parque Tarumã (manhã)
06 - Presidente Castelo Branco (manhã)
18 – Maringá/Escola Rural Delfim Moreira (tarde)
25 – Sarandi (manhã)

*A “trilha” prevista para o período da manhã, o horário de saída é às 8h e encerra às 11h30. No período da tarde é às 13h30 e o encerramento às 17h. O local de saída é em frente a agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

TRILHAS URBANAS PERCORRE A RMM EM JULHO E AGOSTO


Dia 13 de maio de 2015, o vazio urbano demonstrado nas imediações do "Aeroporto Velho" em Maringá

O Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, por meio do Proext Direito à Cidade, inicia entre os meses de julho e agosto o Trilhas Urbanas na Região Metropolitana de Maringá (RMM). A princípio, compõem a agenda do projeto os municípios de Marialva, Paiçandu, Sarandi e Presidente Castelo Branco.
O objetivo - assim como os demais passeios já realizados no território da cidade polo (Maringá) - é analisar se a função social da cidade está ou não sendo cumprida. Concomitante ao trajeto percorrido em uma breve caminhada, os pesquisadores destacam ao público, a partir do Direito à Cidade, quais são os apontamentos identificados no espaço visitado.
Na prática, todos podem visualizar como a cidade está construída, questionar e debater sua própria realidade. Além dos aspectos urbanísticos, o Trilhas Urbanas oferece oportunidade aos participantes de ouvirem os moradores e coletarem dados a respeito da percepção deles em relação ao local onde moram.
A comunidade recebe (nas casas e estabelecimentos comerciais) panfletos com informações a respeito do Estatuto da Cidade, questões sobre o Direito à Cidade e dados específicos do território onde mora como o total de habitantes (dividido por faixa etária), porcentual de faixa de renda, grau de escolaridade e número de domicílios.
O material, elaborado previamente pelos alunos/bolsistas do Proext, constitui mais uma ferramenta para municiar a população sobre seus direitos e deveres relacionados ao cumprimento da função social da cidade, da propriedade, da garantia de qualidade de vida, meio ambiente, contribuindo cada vez mais para o bem estar coletivo, portanto, distante de privilegiar interesses pessoais.
Para encerrar o passeio, uma aula a céu aberto de Sociologia Urbana é ministrada por um dos pesquisadores do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, que reforça na oportunidade o fato dos interessados em ampliar o debate poderem solicitar no seu bairro a realização de cursos e palestras sobre a temática. Uma equipe especializada é disponibilizada para ministrar tais ações de maneira gratuita.

AGENDA - TRILHAS URBANAS
O horário de saída da “trilha” prevista para o período da manhã é às 8h e encerra às 11h30. No período da tarde é às 13h30 e o encerramento às 17h.

JULHO
28 – Marialva (manhã)
30 – Paiçandu (tarde)

AGOSTO
03 – Maringá/Parque Tarumã (manhã)
06 - Presidente Castelo Branco (manhã)
18 – Maringá/Escola Rural Delfim Moreira (tarde)
25 – Sarandi (manhã)


*O local de saída é em frente a agência da Caixa Econômica Federal, dentro do Câmpus Sede da UEM. Podem participar do projeto alunos, professores, servidores e a comunidade em geral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (44) 30114287, ou pelos demais canais na web.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

1º ENCONTRO REGIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL


O 1º ENCONTRO REGIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL foi realizado no dia 10 de julho de 2015, na Câmara Municipal de Guaíra/PR, com o objetivo de debater o Direito à moradia, a conjuntura atual da política de habitação, planos municipais de habitação de interesse social, experiências sobre acessos a recursos do fundo de desenvolvimento social para o programa Minha Casa Minha Vida Entidades (MCMV) e as novas perspectivas do MCMV.
Organizado pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Associação de Moradores e Amigos dos Mutirões I e II de Paraíso do Norte, Ação Amiga EMANUEL, Aras Vida (Associação de Reflexão e Ação da Vida), Associação Casa da Família do Estado do Paraná, contou também com parceiros para sua realização como a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Governo Federal, Caixa Econômica Federal, Itaipu Binacional, Prefeituras de Guaíra, Mandaguari, Terra Boa, Paraíso do Norte, Associação Comercial e Empresarial de Guaíra, Construtora Japurá, Nativa Engenharia, etcs .
A Profa. Dra. da UEM e coordenadora do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Ana Lúcia Rodrigues, ministrou a palestra Direito à moradia para o cumprimento da função social da cidade. A especialista também compôs as demais mesas temáticas de debate que contou com a participação de representantes dos movimentos de luta pela moradia, prefeitos, vereadores, Governo Federal com representantes do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal.
Na ocasião do evento Ana Lúcia falou sobre o fato da data do evento marcar os 14 anos do ESTATUTO DA CIDADE. O marco é a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, e estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Segue um trecho:
CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei.
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana; 
(FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm).

OS SLIDES DAS APRESENTAÇÕES ESTÃO DISPONÍVEIS NO LINK ABAIXO:
https://drive.google.com/open?id=0B6BB3v-chGIzfnhUWF9PMVo5TTJQMzN4UHZ6QzM4LTA3OGdnaFItS2cwbUtRdHhpaWNWd1k